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Episode Transcript
[00:00:08] Speaker A: Bem-vindos ao Grupo Marcos. Hoje a gente vai continuar a nossa conversa da série Meu Amigo Eurípedes Barçanufo.
No nosso último programa, a gente falou de como Eurípedes se torna espírita. Falamos da comunicação de João Evangelista e também da comunicação de São Vicente de Paulo, ou Vicente de Paulo, que é o guia espiritual do Eurípedes.
E aí a gente vai continuar. Essa série é baseada no livro Meu Amigo Eurípedes Barçanufo, que você pode baixar no nosso blog.
E a gente agora vai abordar o assunto que o livro traz no capítulo 6 e 7, que é exatamente o que aconteceu com Eurípedes depois que ele foi para essas duas reuniões, depois que ele decidiu assumir-se espírita. Decidiu assumir-se não, porque ele não era. Decidiu tornar-se espírita.
Para a gente entender o impacto que isso teve na vida do Eurípides, é fundamental a gente se perguntar como é que Eurípedes vivia antes na cidade de Sacramento.
Eurípedes era uma espécie de gênio, jovem brilhante, o jovem que representava o que tinha de melhor na sociedade de Sacramento. Ele tinha fundado um colégio na cidade, tinha fundado o primeiro grupo de teatro que se tornou famoso na região, tinha fundado o primeiro jornal da cidade, Era homeopata, atendia gratuitamente as pessoas pobres, como a gente falou no outro programa, Eurípedes era secretário da fundação da Irmandade São Vicente de Paulo, ligada à Igreja Católica. Então, ele era o tipo da pessoa que era conhecida, se destacava, era respeitado.
[00:02:00] Speaker B: Era adorado por as pessoas da cidade.
[00:02:04] Speaker A: Quando ele se torna espírita, aí a gente está falando provavelmente de 1904, 1905 no máximo, interior do Brasil, uma cidade com duas mil pessoas, imagine o que é que não se dizia de espiritismo.
Então, foi um imenso impacto. A gente não precisa imaginar muito, conhecendo a personalidade de Eurípides, que ele assumiu que era espírito de uma maneira clara e objetiva, sem minhas palavras. Sem agredir ninguém, mas também sem esconder.
Tornei-me espírita. Foi um verdadeiro caos emocional na cidade.
porque o Espiritismo era visto no interior do Brasil, mais de 100 anos atrás, numa cidade extremamente conservadora do interior de Minas Gerais, simplesmente como obra do demônio.
[00:02:55] Speaker B: Não havia o que discutir.
[00:02:56] Speaker A: Então, a cidade tinha perdido o seu mais ilustre jovem para o demônio. Só para vocês terem uma noção, veio o Bispo da região organizar uma campanha para mobilizar todos a forçar Eurípedes a retornar para a Igreja Católica.
A própria família do Eurípedes, nesse momento inicial, se envolveu nisso.
Então, Eurípedes viveu o quê? O que o seu guia espiritual tinha dito para ele?
Uma solidão profunda.
[00:03:30] Speaker B: Um abandono.
[00:03:33] Speaker A: É essa experiência que a gente quer refletir um pouco. Porque no nosso caminho espiritual, e Eurípetes aqui ao mesmo tempo é uma realidade histórica e um símbolo, há um intenso momento de solidão.
É preciso viver uma sensação de abandono.
Por quê?
E aí a gente lembra muito do guia espiritual de Eurípides, que era um espírito que viveu isso também. A Vicente de Paulo, na encarnação de Paulo, foi preso como escravo.
Ele soube o que era se sentir completamente abandonado, numa outra civilização, numa outra língua, com pessoas que não entendiam nada do que ele falava.
Eurípedes, na mesma cidade em que ele era totalmente entendido e admirado, viveu essa mesma coisa.
É o momento de abandono total.
As pessoas cruzavam com Eurípedes na rua, mudavam de calçada, se benziam e falavam, o professor enlouqueceu.
Professor porque ele tinha já fundado o liceu sacramentano, que era um colégio.
[00:04:41] Speaker B: Referência na região.
[00:04:43] Speaker A: As pessoas vinham de outras cidades matricular lá seus filhos.
Então, o que acontece?
É o momento de profunda solidão e de profunda definição de Eurípedes.
Emocionalmente, para se tornar espírita, Eurípedes abre mão de tudo.
Materialmente também.
Mas eu imagino que a dor mais intensa foi a dor emocional, quer dizer, você era a pessoa mais bem tratada da cidade e agora você é a pessoa que está sendo tratada como um louco.
Alguém que ninguém quer estar perto, alguém que ninguém quer estar próximo.
Foi esse o momento de angústia vivida por Eurípides.
Para piorar, quer dizer, o liceu sacramentano era uma escola que funcionava num prédio emprestado, as carteiras eram emprestadas e ele tinha dois auxiliares, que eram até ligados à igreja.
Resultado, os auxiliares se afastaram, o prédio foi solicitado de volta, Eurípides falou que não iria esconder que era espírita para os pais, e os pais retiraram os alunos, Eurípides se viu completamente sozinho.
Eu acredito que você já viveu algum momento parecido.
Se não viveu, vai viver. Alguns. Porque esse momento solidão, esse momento de se sentir abandonado, é indispensável, porque é uma etapa do crescimento espiritual.
Porque é nesse momento em que a gente permite sentir toda a solidão e o abandono, É curioso isso, é onde a gente deixa espaço para a atuação divina na nossa vida.
É quando o orgulho diminui, é quando a gente reconhece a nossa total fragilidade diante do Criador. O que acontece?
Eurípides está só, Eurípides vai para lugares mais afastados, lê o Evangelho segundo o Espiritismo em voz alta, buscando um norte, buscando um consolo, buscando se consolar.
E nesse momento acontece algo muito valioso.
Eu diria que algo que muda e vai mudar ainda mais a história da educação no Brasil. Daqui a pouco eu vou dizer. Eu vou pegar aqui a mensagem, né, pra poder ser fiel no livro.
eu não estou seguindo obrigatoriamente o livro, sem os capítulos, eu vou agora pegar essa mensagem um pouco lá na frente, no capítulo 14, para que vocês possam entender o que aconteceu.
Eurípides está nessa fase de profunda solidão, todo mundo dizendo que ele está louco, todo mundo dizendo que ele está perturbado, Se fosse Espírito tem que dizer que ele estava obsidiado, porque no fundo muda muito pouco a nossa habilidade de crueldade e de exclusão do outro.
Só que lá é o diabo mesmo, Eurípides está endiabrado.
E ele se senta onde era a escola e começa a chorar. E aí é importante entender, a educação é aquilo que é mais caro ao coração do Eurípides.
Quando ele vê que até a escola não ia dar certo, ele se sente profundamente abalado.
Nesse momento de profunda solidão, quer dizer, ele perdeu os amigos, perdeu a admiração da cidade, perdeu o cargo da congregação, as outras atividades foram todas desfeitas, e agora ele enfrenta o desfazimento daquilo que ele mais ama, que era ensinar.
Ele está profundamente triste e sente uma presença muito poderosa e muito amorosa ao lado dele.
Ele se espanta e ele mesmo repele. Ele diz, não, eu realmente não estou bem. O que é que eu estou sentindo?
Porque às vezes assusta. A vibração de um espírito verdadeiramente evoluído muitas vezes assusta.
Na verdade, eu chego a acreditar que nós Temos muito mais medo da luz do que das trevas. Luz, quando eu falo, é uma luz intensa, né?
Esse Espírito tenta escrever uma mensagem e o próprio Eurípides diz, não, eu não estou bem mesmo, né? Eu acho que eu enlouqueci mesmo.
Eurípides, uma das faculdades dele era uma psicografia inconsciente. Então o Espírito usa a psicografia inconsciente do Eurípides para deixar essa mensagem, que é um marco na história da educação do Brasil.
[00:09:26] Speaker B: Já já eu vou dizer porquê.
[00:09:28] Speaker A: A mensagem diz assim, aí eu vou ler, está no livro da Corna Novellino, eu só peguei e transcrevi aqui, para o nosso livro. Não feche as portas da escola.
Apague da tabuleta a denominação Liceu Sacramentano, que é um resquício do orgulho humano.
Em substituição, coloque o nome Colégio Allan Kardec.
ensine o evangelho de meu filho às quartas-feiras e institua um curso de astronomia.
Acobertarei o colégio Allan Kardec, sob o manto do meu amor.
Maria, a serva do Senhor." Assim inicia, segundo o educador português, que não é espírita, José Pacheco, a escola mais avançada da história do Brasil do século XX, sob a orientação direta de Maria de Nazaré.
E é importante a gente entender esse marco do Colégio Allan Kardec, é importante a gente entender com muito carinho, todas as orientações. Olha que interessante.
[00:10:47] Speaker B: Primeiro ela fala.
[00:10:50] Speaker A: Tira o nome Liceu Sacramentano, porque isso ainda é muita vaidade, é muito orgulho, né?
[00:10:56] Speaker B: É a vaidade da cidade.
[00:10:59] Speaker A: Nosso Liceu.
E aí, como um Espírito muito evoluído, Maria diz, coloca o nome Allan Kardec, porque Allan Kardec não é um nome de vaidade, não é um nome sequer individual.
no sentido de que o professor Hipólite Léon usa já o nome Allan Kardec para separar as coisas.
A gente acha, porque ainda o orgulho nos deixa doente, que o nosso nome é importante. Não, porque se o fulano virar espírita, ele é um artista famoso. Não, porque o espiritismo precisa muito do meu nome. O que vão dizer do espiritismo se eu cometer um erro, eu que sou o palestrante famoso? Quer dizer, a nossa tolice de sempre.
Maria educadamente vem aqui nos ensinar, porque ela está falando para Euríce, mas está falando para os espíritas.
Nós estamos lendo essa mensagem.
Então, também está falando para a gente. Então, coloca o nome símbolo.
Não precisa de liceu, não precisa do nome de ninguém em particular.
O nome do colégio é Allan Kardec, porque Allan Kardec é o símbolo do indivíduo que trouxe, que deixou, que fez nascer. Do mesmo jeito que Maria foi um instrumento ao qual nasceu Jesus no mundo, O professor Hipólite Leão, com o nome simbólico de Allan Kardec, foi o homem que permitiu que nascesse o Consolador no mundo.
Nesse ponto, a missão de Maria e de Kardec são parecidas. Maria dá luz ao Cristo, as mãos de Kardec dão luz ao Consolador. Por Maria veio o Mestre, por Kardec veio o Consolador enviado pelo Cristo.
Então, olhe os paralelos e olhe o simbolismo. A gente está falando da mãe de Jesus, né? Então, ela pode usar esse simbolismo. Ela está falando dela e está falando do Consolador.
E aí, é muito interessante essa segunda parte, porque quando ela fala para ensinar o Evangelho, nós vamos entender, no próximo programa, o que é que Maria entende Eurípedes, que significa ensinar o Evangelho do filho dela, às quartas-feiras.
Como é que eles se ensinam?
Nós estamos falando de Eurípides, um Espírito extremamente evoluído, orientado por Maria de Nazaré.
O que é que esses dois entendem que é ensinar o Evangelho de Jesus? Vai ficar para um outro programa, mas fica essa questão, porque não dá tempo.
E depois, olha que coisa curiosa, Maria orienta para fazer três coisas. Primeiro, já expliquei.
Colégio Allan Kardec, o nome, o símbolo do nome.
ela dá a luz ao Cristo, Kardec dá a luz ao Consolador.
Entendemos?
[00:13:48] Speaker B: Mas, duas coisas.
[00:13:50] Speaker A: Ensino do Evangelho.
Como se ensina o Evangelho do Cristo? Segundo Maria e segundo Eurípedes. E, três, a astronomia. O que é que a astronomia tem a ver com evolução espiritual?
O que é que a astronomia tem a ver com grandeza, com educação?
Essas duas questões, a gente vai precisar de um outro encontro para conversar sobre elas.
Eu acho que vai ser bem interessante a gente começar a pensar o que é que significa.
Fica a pergunta, será que para Maria de Nazaré e para Eurípides, ensinar o filho dela é a mesma coisa que a gente faz hoje na nossa evangelização infantil?
O método é o mesmo?
A gente ensina o Evangelho hoje, nos nossos centros espíritas, de uma forma parecida com a que Eurípides ensinava o Evangelho no colégio Allan Kardec?
Mas isso aí é o tópico para um outro programa, para a gente poder aprofundar isso.
Bem, meus amigos e amigas, espero que vocês tenham gostado. Já anunciamos aqui o nosso próximo encontro, o tema do nosso próximo encontro, para que a gente possa refletir sobre essa orientação e sobre a implantação dessa prática por Eurípides Bassanufo.
Um grande abraço, é sempre uma alegria estar com vocês, estamos felizes agora de poder ter a nossa nova geração em vídeo, acredito que incentivando a nossa interação.
Mandem perguntas, comentários, a participação de vocês é excelente. Um grande abraço, um beijo no coração.
Meus filhos e filhas, capaz do Cristo.
[00:15:39] Speaker B: Esteja sempre entre vocês, como uma emanação sincera de vossos corações.
porque o Cristo envia sua luz para o centro, para o núcleo do ser, e quando o ser abre-se intimamente para o amor, ele não apenas recebe, mas também reflete essa luz maravilhosa.
O tópico hoje O que vocês trouxeram é de extrema importância para todos vocês, jovens amigos.
Observe que Eurípedes, por uma fase, apenas, mas uma fase importante, se tornou totalmente solitário, totalmente incompreendido pelo mundo.
Vocês, meus jovens e queridos amigos, precisarão sempre entender que esta fase faz parte também do processo de vocês.
Numa sociedade tão doente, tão necessitada, tão mentirosa, é quase impossível vocês se sentirem acolhidos, entendidos e verdadeiramente amados.
Porque pessoas doentes nunca olham para a essência, olham para corpo, olham para roupas, olham para carro, olham para tudo, menos para a essência.
Por isso, para que vocês cumpram a missão que cabe a vocês na Terra, precisa entender que não serão sempre compreendidos, não serão sempre acolhidos, e por muitos, vocês serão sim chamados de loucos, de esquisitos, de estranhos.
Ora, meus filhos e filhas, quando você se propõe a ajudar o Cristo, Atuando em um mundo inferior, se vocês são sempre aplaudidos e amados, é porque vocês estão traindo a própria missão.
Não é possível lidar com loucos e agir igual a ele.
Assim está o mundo hoje, totalmente desvirtuado, totalmente confuso, com somismo.
hedonismo.
Muitas doenças da alma se expressam nos hábitos da imensa maioria da população.
Os que não usam drogas são bobos que ficam vendo programas fúteis e não crescem.
Os que não perdem tempo com futilidade às vezes usam o tempo para ser produtivo por ganância.
Difícil qualificar a doença maior.
Como alguém que ama o Cristo, que quer crescer espiritualmente, que quer alcançar uma maturidade maior, que quer ter acesso a planos superiores de vida, vai poder viver assim.
E como a maioria vive, vocês ficarão sozinhos. Portanto, é preciso se preparar, saber o que irá acontecer.
Se você se dedica à medicina e você não se torna um médico, que na verdade é o verdadeiro sanguessuga de paciente, quer saber de dinheiro, quer saber de ser famoso, quer saber de tratar os outros maus.
Mas você se torna médico humano?
Médico que tira do salário para dar remédio ao enfermo? Médico que atenda sem cobrar?
Seus companheiros mercenários de profissão vão ficar loucos.
[00:19:36] Speaker A: Vão agredir, vão caluniar, vão ridicularizar a sua conduta.
[00:19:42] Speaker B: Esse exemplo serve para tudo.
E por isso, não pode servir a Deus e ao mundo.
É preciso entender como entendeu e exemplificou Eurípides Barçanulfo.
Uma coisa a mais para encerrar esta minha palavra direcionada a vocês.
Nunca se deixem enganar pelas tolícias brilhantes e falsas do mundo.
Um dia, Eu vi Eurípedes em sua missão na terra.
E chega alguém para ele.
Ele fala das mil maravilhas que é a vida no Rio de Janeiro com muita fortuna.
E esse alguém oferece, em nome da igreja católica, uma maravilhosa vida na capital.
onde ninguém saberia de mais nada, onde a igreja mudaria toda a história e ele teria todas as honras dos cargos elevados.
Imagine um jovem do interior, sedento de aprender, sedento de novos horizontes, receber uma proposta dessa. Imagine que situação difícil.
que promessa arrasadora.
Porque o indevido docemente dizia, você não fará nada de errado, Eurípides.
Você ajudará, fará caridade, cuidará das pessoas, fará o bem. Imagine você nessa situação, querido jovem.
Fazer tudo o que gosta, ajudar enfermos e tudo, e ainda assim ter prestígio, conforto material, nunca se preocupar com nada, apenas com o que gosta.
Estudar, e a pessoa ainda prometeu, e poderia cumprir.
Arranjarei vaga para você lecionar nos colégios melhores que você quiser.
Filhos, muitas vezes, a tentação não vem de forma tão evidente. Nesse caso, vem de forma muito sutil.
Eurípides teria totalmente se desviado de sua missão.
[00:22:14] Speaker A: O jovem olhou com atenção aquele homem que propunha.
[00:22:21] Speaker B: Achou a proposta obviamente interessante.
Mas, nesse instante, ecoa a palavra firme e forte de seu guia espiritual.
Abandone a igreja.
Siga o Cristo. Eu sou o comandante espiritual.
E você o material.
Comandante não pode abandonar a tarefa, por pretexto nenhum.
Que vossos corações estejam abertos, filhos, para no momento da tentação terrível e sutil, para que ecoe a voz dele em vossos corações.
Vocês têm obra a realizar.
Realizem-na.
Não busquem o acordo com as trevas, mesmo disfarçado em beleza.
porque muitas vezes médiums, espíritas, fazem isso.
Vão para as reuniões, praticam a mediunidade, mas não fazem o que precisam fazer e traem o próprio Cristo no Centro Espírita.
É preciso cumprir a missão e não dar satisfação a ninguém.
Eurípedes ensina que vocês aprendam porque ele é o comandante espiritual da nova geração.
E quem quiser segui-lo, quem quiser seu comando precisa viver o que ele viveu para poder assimilar suas maravilhosas energias e realizar uma obra verdadeiramente elevada.
Que todos fiquem em paz do amigo espiritual de sempre.
[00:24:29] Speaker A: Quero agradecer o seu carinho, a sua atenção.
E para conhecer mais do nosso trabalho, por favor, visite o nosso blog. Um grande abraço.